A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (16.09) a proposta de emenda à Constituição (PEC) que aumenta a blindagem judicial para deputados e senadores. É a chamada PEC da Blindagem.
O texto promove uma série de alterações em temas como medidas cautelares e foro privilegiado contra deputados, senadores e presidentes de partidos. A proposta é defendida por parlamentares de diferentes espectros na Casa, em especial os do Centrão.
Os congressistas favoráveis à PEC afirmam que ela volta às regras da Constituição de 1988. Mas, na verdade, ela acrescenta novas blindagens.
Eram necessários 308 votos para a aprovação. O placar foi de 353 a 134 no primeiro turno. E 344 a 133 no segundo.
No fim da sessão, na madrugada desta quarta-feira (17.09), os deputados aprovaram um destaque – sugestão de alteração – que retirou da PEC a previsão de votação secreta para autorizar a abertura de processos contra parlamentares.
Antes de 2001, a Constituição estabelecia que era preciso uma licença prévia da Casa Legislativa para a abertura de processo criminal contra deputados e senadores. Uma emenda constitucional derrubou essa exigência, o que permitiu a abertura de ações penais no Supremo Tribunal Federal (STF) ao longo dos últimos anos contra parlamentares acusados de envolvimento em irregularidades.
Agora, segundo o texto da PEC, antes de processar um parlamentar, o STF deverá pedir autorização à Câmara e ao Senado. Mas a votação será aberta. Se o parlamentar for preso em flagrante por crimes inafiançáveis, a proposta prevê votação para relaxar ou não a prisão deles.
A Constituição já prevê que a prisão em flagrante de parlamentar deva ser submetida ao plenário da Câmara para decidir se a mantém ou não.
O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Otto Alencar (PSD-BA), já afirmou que o texto não passará pelo colegiado. Depois da Câmara, a PEC precisa ser aprovada pelo Senado para virar lei, e a CCJ é etapa obrigatória.
Como votaram os deputados mineiros na PEC da Blindagem?
A favor da proposta (votaram “sim”)
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Ana Paula Leão (PP-MG)
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Bruno Farias (Avante-MG)
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Delegada Ione (Avante-MG)
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Delegado Marcelo (União-MG)
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Diego Andrade (PSD-MG)
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Dimas Fabiano (PP-MG)
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Domingos Sávio (PL-MG)
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Dr. Frederico (PRD-MG)
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Eros Biondini (PL-MG)
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Euclydes Pettersen (Republicanos-MG)
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Fred Costa (PRD-MG)
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Gilberto Abramo (Republicanos-MG)
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Greyce Elias (Avante-MG)
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Hercílio Diniz (MDB-MG)
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Igor Timo (PSD-MG)
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Junio Amaral (PL-MG)
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Lafayette Andrada (Republicanos-MG)
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Lincoln Portela (PL-MG)
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Luis Tibé (Avante-MG)
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Luiz Fernando (PSD-MG)
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Marcelo Álvaro Antônio (PL-MG)
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Mário Heringer (PDT-MG)
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Mauricio do Vôlei (PL-MG)
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Nely Aquino (Podemos-MG)
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Newton Cardoso Jr (MDB-MG)
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Nikolas Ferreira (PL-MG)
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Odair Cunha (PT-MG)
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Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG)
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Paulo Guedes (PT-MG)
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Pedro Aihara (PRD-MG)
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Pinheirinho (PP-MG)
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Rafael Simões (União-MG)
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Rodrigo de Castro (União-MG)
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Rosângela Reis (PL-MG)
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Samuel Viana (Republicanos-MG)
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Zé Vitor (PL-MG)
Contra a proposta (votaram “não”)
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Aécio Neves (PSDB-MG)
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Ana Pimentel (PT-MG)
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Célia Xakriabá (PSOL-MG)
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Duda Salabert (PDT-MG)
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Leonardo Monteiro (PT-MG)
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Miguel Ângelo (PT-MG)
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Padre João (PT-MG)
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Patrus Ananias (PT-MG)
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Reginaldo Lopes (PT-MG)
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Rogério Correia (PT-MG)
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Weliton Prado (Solidariedade-MG)
Como votaram os partidos:
Os dados são relativos ao segundo turno da votação.
- PL: 82 votos a favor; nenhum contrário;
- PT: 10 votos a favor; 50 contrários;
- União Brasil: 52 votos a favor; 5 contrários;
- PP: 45 votos a favor; 3 contrários;
- Republicanos: 43 votos a favor; nenhum contrário;
- PSD: 24 votos a favor; 18 contrários;
- MDB: 32 votos a favor; 5 contrários;
- Podemos: 14 votos a favor; 3 contrários;
- PSB: 9 votos a favor; 6 contrários;
- PSOL: votos a favor; 14 contrários;
- PDT: 9 votos a favor; 3 contrários;
- PSDB: 6 votos a favor; 6 contrários;
- PCdoB: nenhum voto a favor; 9 contrários;
- Avante: 6 votos a favor; 1 contrário;
- PRD: 5 votos a favor; nenhum contrário;
- Cidadania: 3 votos a favor; 1 contrário;
- Solidariedade: 2 votos a favor; 2 contrários;
- PV: 2 votos a favor; 2 contrários;
- Novo: nenhum voto a favor; 4 contrários;
- Rede: nenhum voto a favor; 1 contrário.
Fonte – G1
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