Nessa segunda-feira, 2.10, você confere a coluna de Carlos Macedo Rodrigues, Coordenador dos cursos de Administração e Ciências contábeis, Universidade AlfaUnipac, Empresário e estrategista de marca com atuação a mais de 12 anos.
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O Impacto da inteligência artificial no mercado de trabalho
A Inteligência Artificial (IA) nos últimos anos despontou como uma das tecnologias mais promissoras já vistas neste século com surpreendes resultados que tem despertado alguns olhares mais preocupantes no que tange ao senso ético, fins de muitos postos de trabalho, tensões sobre o avanço rápido e crises de ansiedade decorrentes a enxurrada exponencial de informações.
A grande promessa advinda desse avanço, que está revolucionando diversos setores da economia e na sociedade, traz consigo algumas dimensões otimistas quanto pessimistas nos diversos cenários e hipóteses e que, iremos discutir algumas ao longo deste resumo.
É inegável que a inteligência artificial oferece uma série de vantagens e benefícios aos usuários e a sociedade, já que, sua capacidade de automatizar tarefas outrora repetitivas, estão sendo aprimoradas com uma eficiência operacional significativamente maior trazendo olhares otimistas, inclusive com a expansão da possibilidade de lucratividade e economia em diversos negócio e profissionais. Podemos dizer que se tornou “uma bênção” para empresas, permitindo que os trabalhadores se concentrem em atividades mais estratégicas e criativas.
Porém, um grande dilema do advento do crescimento das IA,s é a permanência da privacidade e a segurança dos dados pessoais dos indivíduos, especialmente quando se trata da coleta e análise de informações sensíveis por empresas e projeto. Grandes empresas estão cada vez mais dependentes desta tecnologia e consequentemente estão se tornando potencialmente vulneráveis a falhas tecnológicas e ataques cibernéticos, criando riscos adicionais.
Apesar disso, a IA é uma forte aliada na tomada de decisões baseadas em dados, o que tem resultado em escolhas mais precisas e assertivas, sem os potenciais ‘atos falhos’ advindos do ser humano, principalmente para impulsionar a inovação em setores vitais como saúde, transporte, finanças e manufatura, trazendo benefícios tangíveis para a sociedade.
No entanto, há também desafios consideráveis a serem enfrentados. Segundo a pesquisadora em Ciência Comportamental e Psicologia da United Nations University Sanae Okamoto, estão surgindo transtornos sérios de ansiedade advindos da grande incerteza advindos da simples existência das IA’s, e os seus potenciais impactos no futuro, o que retoma uma grande característica da ansiedade que é lidar com os conflitos internos e sobre as possibilidades que podem existir a curto e médio prazo.
À medida que a IA automatiza funções anteriormente realizadas por seres humanos, uma nova possibilidade está surgindo referente ao risco real de que empregos tradicionais serão substituídos por máquinas, levando a altas taxas de desemprego em certas áreas. Porém, o que poucos tem abordado é que com o aprimoramento da tecnologia, novos postos de emprego estão surgindo e cabe aos profissionais atuais se atentarem a mudança do comportamento do perfil profissional e como se preparar para essa mudança.
Um relatório emitido no Fórum Econômico Mundial em 2020 previu que 85 milhões de empregos serão substituídos pela inteligência artificial até 2025, o que é um grande espanto se analisar que no Brasil, por exemplo, possui 43.144.732 postos de trabalho segundo dado do governo em dezembro de 2022. O que poucos tem abordado é que a inteligência artificial poderá oportunizar a geração de mais de 97 milhões de novas funções em 26 países até 2030, mas caberá o profissional se permitir evoluir neste contexto de aprimoramento.
As perspectivas para a criação de novas oportunidades de emprego na criação, manutenção e supervisão de sistemas de IA são as mais tangíveis das demais, mas a automação impulsionada pela IA pode aumentar a produtividade das empresas, levando ao crescimento econômico e à criação de empregos em outros setores relacionados. Além disso, a IA promete melhorar a qualidade de vida por meio de avanços na assistência médica, transporte autônomo e outros campos.
Por outro lado, a visão pessimista destaca o risco de desemprego significativo, especialmente em setores tradicionais. A ampliação da desigualdade econômica é uma preocupação, já que os benefícios da IA podem se concentrar em empresas e indivíduos com recursos para adotar a tecnologia. Pode haver uma escassez de empregos adequados para todos, particularmente para trabalhadores menos qualificados, o que poderia agravar a desigualdade social. Além disso, a dependência da IA pode resultar na perda de controle sobre sistemas críticos, com implicações potencialmente graves.
Em conclusão, a Inteligência Artificial é uma tecnologia com potencial para trazer transformações profundas ao mercado de trabalho, longevidade e qualidade de vida. Seus benefícios e desafios estão interligados e, portanto, é crucial que a sociedade esteja preparada para abordar essas questões de maneira equilibrada, entendendo que há grande discussões a serem feitas nas perspectivas ‘otimistas’ e ‘pessimistas’. A requalificação de trabalhadores, a regulamentação adequada e o foco na inclusão são passos essenciais para garantir que a IA seja uma força positiva na economia e na sociedade. O futuro do mercado de trabalho dependerá em grande parte de como enfrentamos os desafios e exploramos as oportunidades que a IA apresenta.
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