O ex-prefeito de Catuji, Minas Gerais, Fuvio Luziano Serafim, de 44 anos, acusado pelo Ministério Público do Espírito Sando (MPES) de matar a esposa médica, Juliana Pimenta Ruas El Aouar, de 39, em um hotel de Colatina, no Noroeste do Espírito Santo, não vai a júri popular. Segundo decisão da Justiça, Fuvio não vai responder por feminicídio doloso nem crime contra a vida. Ele está solto desde dezembro de 2023. A ação cabe recurso pelo MP.
Fuvio foi absolvido, respectivamente, por não ter ficado evidenciado que oferecia drogas para consumo da vítima, nem que tenha oferecido no dia do crime; e por não haver indicação de que ele tenha, de maneira proposital e artificial, alterado o local para obter alguma vantagem.
Segundo a sentença dada pelo juiz da 1ª Vara Criminal da Comarca, Marcelo Bressan, na sexta-feira (26), as investigações apontaram que o casal era viciado no uso de medicamentos.
Juliana foi encontrada morta no quarto de um hotel no dia 2 de setembro de 2023. Na época, Fuvio e o motorista do casal, Robson Gonçalves dos Santos, de 52 anos, que estava hospedado em quarto ao lado foram presos em flagrante.
O Ministério Público informou que vai analisar cuidadosamente os autos e, se for o caso, vai adotar as medidas necessárias para obter a revisão da sentença.
O advogado de defesa de Fuvio, Pedro Lozer Pacheco, disse que a decisão é coerente com as provas dos autos.
Segundo o TJES, a causa da morte da vítima apontada em laudo constatou sufocamento por broncoaspiração de líquido e o exame de sangue realizado apontou ingestão de enorme quantidade e variedade de substâncias químicas.
Na denúncia apresentada, o Ministério Público do Espírito Santo (MPES) disse que o ex-prefeito teria cometido o crime de feminicídio com dolo eventual, e seria o responsável pelo resultado da morte da médica, já que fornecia medicamentos em excesso para serem consumidos pela esposa e teria se mostrado indiferente na prestação de socorro.
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