A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Crime Organizado elegeu, por 6 votos a 5, nesta terça-feira (4) o senador Fabiano Contarato (PT-ES) para presidir a comissão. Por acordo, Alessandro Vieira (MDB-SE), que propôs a criação do colegiado, será o relator dos trabalhos.
Contarato, que assim como Alessandro Vieira é delegado de Polícia Civil, derrotou em votação secreta o candidato da oposição ao cargo de presidente, senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS).
Com a vitória de Contarato, Mourão foi escolhido, por aclamação, vice-presidente da CPI.
O início dos trabalhos da comissão ocorre em meio à disputa entre o governo e a oposição por protagonismo nas pautas relacionadas à segurança diante da pressão da opinião pública por respostas à expansão das organizações criminosas no país.
“Que fique claro: eu não apoio a barbárie, não apoio ações violentas ou desumanas. Mas também não podemos, de dentro de nossas casas seguras, bem alimentados e distantes das balas, romantizar a vida de quem precisa seguir as leis de criminosos para se manter vivo”, afirmou Contarato.
“Essa realidade exige compromisso sério de enfrentamento. O combate ao crime organizado só será eficaz se for contínuo e progressivo. Não pode se amparar em ações isoladas. O Estado precisa retomar o controle das comunidades, oferecer emprego”, completou o parlamentar do PT após ser eleito presidente da CPI.
Após ser eleito presidente, Contarato defendeu as polícias e prestou homenagens aos agentes que foram mortos durante a operação na Zona Norte do Rio de Janeiro. Os integrantes da CPI fizeram um minuto de silêncio em tributo aos policiais, proposto por Flávio Bolsonaro (PL-RJ).
Conforme o pedido de criação, a comissão vai investigar a atuação de facções, como o CV e Primeiro Comando da Capital (PCC), além das milícias.
Também será apurado o crescimento dessas organizações criminosas nos últimos anos, assim como fontes de financiamento e infiltração no poder público.
Fonte: G1











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