Uma nova diretriz do Exército definiu critérios de moderação e de filtragem de mensagens nos perfis que a instituição mantém em redes sociais. Entre as mensagens que poderão ser excluídas, incluindo comentários ou respostas a publicações, estão as que incitam ódio ou violência, que contenham conteúdo fraudulento ou inverídico, como fake news, ou que sejam acompanhadas de propagandas político-partidárias.
As orientações foram publicadas na “Política de moderação nas mídias sociais do Sistema de Comunicação Social do Exército Brasileiro”. O documento cita que a participação do órgão nas redes sociais tem o objetivo de divulgar a atuação da instituição para a sociedade como forma de disseminar e ampliar o acesso à informação.
“Para melhor adequar as páginas ao público, as mensagens de usuários, respostas e comentários, estão sujeitas à moderação e à filtragem”, diz trecho da diretriz. Serão moderadas ou excluídas as mensagens que:
- Usem linguagem inapropriada, obscena, caluniosa, grosseira, abusiva, difamatória, ofensiva ou de qualquer outra forma reprovável;
- Concretizem apologia a práticas ilícitas;
- Incitem o ódio, a violência, o racismo ou façam discriminação de qualquer ordem;
- Contenham ameaças, assédio, injúria, calúnia ou difamação, ou configurem qualquer outra forma de ilícito penal;
- Divulguem conteúdos na forma de spam ou “correntes”;
- Caracterizem intuito comercial ou publicitário;
- Estejam repetidas, desde que publicadas pelo mesmo autor;
- Sejam ininteligíveis ou descontextualizadas;
- Contenham propagandas político-partidárias;
- Manifestações ou opiniões de cunho político ou ideológico;
- Contenham links suspeitos ou representem ameaça à segurança da informação;
- Usem informações e imagem de pessoas e instituições indevidamente;
- Contenham dados pessoais do autor ou de terceiros;
- Violem os direitos de imagem e de propriedade intelectual;
- Sejam fraudulentas ou promovam conteúdo inverídico.
A política informa que os usuários que utilizarem os canais mantidos pelo Exército nas redes sociais estão cientes e de acordo com as regras de uso e de convivência. Quem desrespeitar poderá ser “bloqueado imediatamente, independentemente de justificativa, consulta ou aviso, e, conforme o conteúdo, as mensagens poderão ser encaminhadas às autoridades competentes”.
“O Exército Brasileiro não aprova, apoia, declara nem garante a integridade, a veracidade, a exatidão ou a confiabilidade de qualquer mensagem do usuário, tampouco endossa as opiniões expressas nela”, acrescenta o órgão.
Outra regra apresentada no documento trata sobre a reprodução de legenda ou de imagens das publicações da instituição nas redes sociais. Há permissão para a prática, desde que seja incluído o crédito, com a marcação do perfil do Exército Brasileiro, e sem alterações na arte, incluindo mudança de cores. Também não poderão ser acrescentadas logomarcas. “Considera-se que estas regras de uso e convivência são necessárias para que a relação seja respeitosa e atinja seu objetivo principal”, justifica o documento.
Atualmente, o Exército tem perfis institucionais em oito redes sociais ou plataformas virtuais. São elas: Facebook, Instagram, LinkedIn, X (antigo Twitter), YouTube, Telegram, Flickr e EBlog.
Fonte: O Tempo
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